sexta-feira, 19 de março de 2010

Prêmio Faz Diferença


Que vivemos em um mundo cruel, todos sabemos...mas felizmente existem pessoas que tentam amenizar um pouco toda essa loucura cotidiana. Acho o prêmio "Faz Diferença" um grande alento àqueles que lutam por condições melhores de vida. Seja qual for o segmento.


De todos os grandes premiados da noite, o que me chamou mais atenção foi o de Gabriel Buchmann. Lembrei do dia que soube de seu desaparecimento pela tevê e pelo fato de, junto com a imagem da mãe dele na tela, ter rezado para que ele aparecesse. Sei lá porque aquele rosto desconhecido me causou tanta simpatia. Depois eu fui saber que ele era de classe média alta e estava no quinto duzinferno na África estudando a pobreza para uma tese de doutorado. Pensei: -que alma, tô tão longe disso!


na boa, o cara podia estar fazendo arquitetura, engenharia, qualquer coisa para encher seu bolso, mas não, ele tava lá onde judas perdeu as botas tentando entender, para ajudar.


Só isso já merece meu respeito. Por que eu não tenho culhão para largar tudo e fazer o que ele fez. Admiro demais, sonho em poder ajudar, ajudo da maneira que eu posso, mas abandonar família, amigos, emprego? Puts, ele com certeza está em um nível acima do meu.


Nesse mundo caótico, ele, assim como tantos que nem dá para citar que não cabe, tentam ajudar e dessa forma, fazer diferença.


Fiquei feliz, e meu coração se encheu de esperança...


" Essa é a história de Gabriel Buchmann. Gabriel é um economista brasileiro de 28 anos que está perdido desde sexta da semana passada no Monte Mulanje, no país Centro-Africano do Malawi, o país mais pobre do mundo. (…)
Ao longo do último ano, Gabriel Buchmann viajou por 60 países na Ásia, Oriente Médio e África. Sempre com poucos recursos, à base de carona e com a ajuda de locais. Sua intenção era conhecer o mundo, suas belezas, suas dores, seus erros, a pobreza, a injustiça dos homens contra a natureza e contra seus semelhantes. (…)
Essa seria sua preparação para o seu doutorado em Economia da Pobreza, na Universidade da Califórnia (UCLA).
Antes do doutorado, Gabriel precisava viver a pobreza. Não que ele não a conhecesse. Ainda na faculdade, embarcou num avião do correio aéreo nacional para a Amazônia, onde subiu o Pico da Neblina e conviveu com as comunidades pobres locais. Abandonou o verão do seu Rio de Janeiro para passar meses em cidades do sertão nordestino, onde fazia questão de ir àquelas mais pobres e se hospedar na casa das pessoas humildes da região. O seu interesse era a vida deles, os problemas deles.
Para Gabriel, a estrada é conhecer e viver."





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